de.ser.tor substantivo masculino
- militar que deserta, que abandona as fileiras do exército;
- trânsfuga;
- aquele que abandona um partido, uma causa.
Qualquer criança ou adolescente sonhou um dia ser um grande ídolo e defender a Seleção Brasileira, seja em qual esporte for. Na verdade, defender a seleção passa pelo instinto do ser humano de ser o melhor. Mas defender a seleção é muito mais que isso. É levar a bandeira de seu país e representar o coração e a esperança de milhões de pessoas na ponta dos pés ou das mãos. É dar cada gota de suor por defender o seu Pavilhão Nacional. É chorar, quando no lugar mais alto do pódio, se ouve seu hino. Ou chorar por não ter conseguido chegar no último degrau. É acima de tudo, entrega.
É necessário para o grande atleta, principalmente de esportes coletivos, entender que não chegou ali sozinho e que nos ombros dele há uma grande responsabilidade. É preciso somar sempre.
Se recusar a entrar durante um jogo é se recusar a defender o país e os milhões que nele confiam. Esquivar-se da responsabilidade. E essa esquiva não tem e nem pode ter perdão.
Apóio integralmente o técnico Paulo Bassul em cortar a atleta da Seleção. Nesse momento, não importa o quanto uma atleta é tecnicamente superior. Sabemos que a vontade é primordial e que onde falta vontade não há conquista.
Ainda por cima, Iziane não é a estrela que se julga ser. Que ela aprenda muito, tecnicamente e principalmente no psicológico.
Chorar no lugar mais alto do pódio, enrolado na bandeira do Brasil é só pra quem não abandona jamais seu país e seus ideais. E esse momento especial na vida do atleta, a julgar pelos fatos recentes, ela nunca mais vai sentir.
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