sábado, 27 de setembro de 2008

100!

Ei! Para você que não sabe, o idéias em desacerto está comemorando 8 meses! Ele foi criado em 26/01/08 e desde então teve 99 posts, chegando agora ao seu 100º!
Ao se chegar a uma data comemorativa como essa em nossa vida, temos sempre que manifestar nossa alegria, rever os nossos erros e agradecer a quem nos fez chegar aqui. 100 posts são para poucos. E queremos chegar muito mais longe.
Manifestar nossa alegria não é difícil, pois para um projeto em que nem eu acreditava muito, que para mim era só mais uma válvula de escape, fomos muito longe. Minha particular felicidade reside nos números: são 2.572 visitas desde então no blog, originadas de 28 países diferentes! Minha felicidade está também em poder ter a Laís ao meu lado no blog, uma escritora de qualidade reconhecida por todos que lêem seus textos.
Quanto a nossos erros, temos de reconhecer o quanto nossos textos (principalmente os meus) desagradam a alguns, ou simplesmente deixam de agradar. Apenas peço que relevem, pois não sou escritor, apenas quero expor minhas idéias que, conforme diz o próprio nome do blog, são um desacerto constante. Temos também que pedir desculpas pelo lapso de tempo que ficamos sem escrever (eu por exemplo não escrevia há um mês), mas a vida não é fácil. O estudo tem nos dificultado a vinda até esse espaço.
Os demais erros que, com certeza virão, serão discutidos entre eu e a Laís, objetivando, claro um blog cada vez melhor, e, peço a vocês que lêem, qualquer erro que repararem ou algo que não esteja agradando, POR FAVOR, falem comigo ou com a Laís, ou usem o espaço dos comentários. Precisamos também da ajuda de vocês.
Enfim, se chegamos hoje ao 100º post, é graças a cada um de vocês, dos quais não vou citar nomes, até mesmo porque alguns leitores do blog nos são anônimos. Obrigado simplesmente pelas visitas, pelos comentários quando possíveis e pelas palavras de apoio que recebemos muitas vezes.
Continuem apoiando esse desacerto, mesmo que às vezes ele não seja agradável. Obrigado a todos vocês e parabéns pra nós! Tenham certeza que o trabalho duro não acaba aqui! Rumo ao post 200 agora!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A Minha Dor...

Quando o céu escurece a noite em sono
brancas luzes empalidecem a imensidão...
a morte é a vida e a vida um mar sem dono
tristeza constante que se ergue do chão.

O vento é velho e espalha as dores do mundo
para quem as têm e não as quer mais...
todo o caminho é feito dum tédio profundo
angústias de sopros espectrais!

Ah! Se tudo fosse brisa e luz e dia
e os tormentos findassem angelicais
e os medos e as mágoas e agonias
fossem todos como cristais!

A minha vida não seria esta cruz amarga e dolente
-mortalha negra de solidão...
minhas mãos não seriam pálidas penitentes
sempre postas em oração...

meus lábios não seriam gelo e pedra
-secos de tanta lamentação...
pois hoje a minha alma é a cinza da treva
expirando a dor de um Não...


by Laís Scodeler

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Lembranças Desagradáveis

"No dia 11 de setembro de 2001, dois aviões derrubaram as torres gêmeas do complexo de World Trade Center, em Nova Iorque. Outro avião se chocou contra o Pentágono e um terceiro, que se dirigia provavelmente para Washington, foi abatido perto de Pittsburg. O mundo ficou estarrecido, uma vez que os atentados nos EUA foram transmitidos pela televisão, ao vivo, e assistidos por pessoas de todos os países. [...] Os aviões que operaram o maior ataque terrorista da História mostraram que as defesas do Estado mais poderoso do mundo não eram tão impenetráveis quanto se pensava. Quantos mortos? As primeiras notícias chegaram a apontar cerca de 6 mil vítimas. Quem tinha feito aquilo? Osama bin Laden, respondeu ao governo Bush, indicando o fundamentalista saudita como principal suspeito de ser o mentor dos atentados em New York e Washington."

Agora veja o que disse Umberto Eco:

"Que o homem, por um erro desajeitado do acaso, tenha surgido na Terra entregue a sua condição de mortal e, como se não bastasse, condenado a ter consciência disso. [...] Este homem, para encontrar coragem para esperar a morte, tornou-se forçosamente um animal religioso. [...] Chegando à plenitude dos tempos [este homem] tem, em um momento determinado, a força religiosa, moral e poética de conceber o modelo do Cristo, do amor universal, do perdão aos inimigos, da vida ofertada em holocausto pela salvação do outro."


As palavras acima mostram, na verdade, um ideal de homem, uma quimera bem distante. Não fosse isso, os atentados do dia 11 de setembro de 2001 não passariam de mero devaneio...

Site consultado: http://pt.shvoong.com/humanities/1669092-atentado-11-setembro/

by Laís Scodeler

sábado, 6 de setembro de 2008

Para refletir...

"Por isso, meti-me na política, como se diz. [...] Fiquei com eles durante muito tempo, e não há país da Europa de cujas lutas eu não tenha compartilhado. É claro, eu sabia que também nós
pronunciávamos, ocasionalmente, condenações. Mas diziam-me que essas poucas mortes eram necessárias para construir um mundo em que não se mataria ninguém. [...] Até o dia em que vi uma execução [...] Compreendi assim que eu, pelo menos, não tinha deixado de ser um empestado durante todos esses anos em que, no entanto, com toda a minha alma, eu julgava lutar contra a peste [...]. Desde então, não mudei. Há muito que tenho vergonha, uma
vergonha mortal, de ter sido, ainda que de longe, ainda que na boa vontade, por minha vez, um assassino. [...] a partir do momento em que renunciei a matar, me condenei a um exílio definitivo. São os outros que farão a história. [...] Foi assim que decidi pôr-me do lado das vítimas." (Camus, in "A Peste")

Esse trecho corresponde a um depoimento, feito pelo personagem Tarrou, do livro "A Peste". Para ele, atos violentos não podem ser justificados por objetivos nobres. Dessa forma, percebemos que a violência e o crime não são aceitos como meios. Isso tudo reflete a opinião de Albert Camus, autor da obra, que se posiciona contrariamente ao aspecto violento das revoltas. O romance, escrito após Segunda Guerra Mundial, alude ao conflito utilizando a metáfora da peste e faz uma crítica que desconstrói os motivos do regime nazista de Adolf Hitler. Durante a leitura, fica realmente claro que é perfeitamente possível estabelecer um paralelo entre a força de destruição existente em um período de peste e uma época de guerra. Entretanto, a peste não é, pelo menos diretamente, articulada por alguém...

"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido [...] espera pacientemente, [...] e viria talvez um dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."
(Camus, in "A Peste")


by Laís Scodeler