sexta-feira, 27 de junho de 2008

Uma vez Colégio Militar, sempre Colégio Militar!

Ocorreu hoje o encerramento da X Olímpiada Interna do Colégio Militar de Juiz de Fora, que reuniu não só alunos, professores e autoridades, mas contou também com o apoio atencioso dos ex-alunos. Apoio este que foi notado por todos e que serviu para reunir novamente quem sempre fará parte do CMJF. Para que mais eventos assim sejam realizados, temos, agora, a forte iniciativa da Associação de Ex-alunos (AEA) que, sob a presidência do ex-aluno João Paulo, está disposta a possibilitar mais reencontros informando aos membros cadastrados onde e quando eles acontecerão. Os que compareceram no dia de hoje perceberam como foi divertido retornar e rever os amigos, ainda que nem todos estivessem presentes. É justamente por isso que nós, membros da AEA, solicitamos a colaboração dos que já estudaram no CMJF, pois, assim, poderemos ajudá-los a não perder o contato com os amigos de uma época tão querida, por isso, cadastrem-se conosco!
Quem ainda não enviou os dados necessários (nome completo, nome de guerra, e-mail, endereço, telefone e periodo em que estudou no CMJF) pode enviá-los para o e-mail da Sara (saramalaguti@hotmail.com) ou para o meu (laisscodeler@yahoo.com.br).

Contamos com vocês e Zum Zaravalho!


by Laís Scodeler

sábado, 21 de junho de 2008

Desertora

de.ser.tor substantivo masculino

  1. militar que deserta, que abandona as fileiras do exército;
  2. trânsfuga;
  3. aquele que abandona um partido, uma causa.
O que seria na verdade ser um desertor? Como exemplo recente, poderíamos citar o sargento homossexual que abandonou o Exército Brasileiro e por isso se encontra preso em Brasília. Mas, temos um exemplo mais recente ainda, vindo da seleção feminina de basquete. Iziane pode sim, ser considerada uma desertora.
Qualquer criança ou adolescente sonhou um dia ser um grande ídolo e defender a Seleção Brasileira, seja em qual esporte for. Na verdade, defender a seleção passa pelo instinto do ser humano de ser o melhor. Mas defender a seleção é muito mais que isso. É levar a bandeira de seu país e representar o coração e a esperança de milhões de pessoas na ponta dos pés ou das mãos. É dar cada gota de suor por defender o seu Pavilhão Nacional. É chorar, quando no lugar mais alto do pódio, se ouve seu hino. Ou chorar por não ter conseguido chegar no último degrau. É acima de tudo, entrega.
É necessário para o grande atleta, principalmente de esportes coletivos, entender que não chegou ali sozinho e que nos ombros dele há uma grande responsabilidade. É preciso somar sempre.
Se recusar a entrar durante um jogo é se recusar a defender o país e os milhões que nele confiam. Esquivar-se da responsabilidade. E essa esquiva não tem e nem pode ter perdão.
Apóio integralmente o técnico Paulo Bassul em cortar a atleta da Seleção. Nesse momento, não importa o quanto uma atleta é tecnicamente superior. Sabemos que a vontade é primordial e que onde falta vontade não há conquista.
Ainda por cima, Iziane não é a estrela que se julga ser. Que ela aprenda muito, tecnicamente e principalmente no psicológico.
Chorar no lugar mais alto do pódio, enrolado na bandeira do Brasil é só pra quem não abandona jamais seu país e seus ideais. E esse momento especial na vida do atleta, a julgar pelos fatos recentes, ela nunca mais vai sentir.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Imagine o poema virando fumaça...

Cinzento

A sombra cinzenta dos pensamentos
adormece por entre meus dedos
onde oscila a névoa dos segredos
perdidos no azul dos ventos...

borboletas brancas bordam sentimentos
pelo contorno dos céus
onde dançam sombrios véus
em leves movimentos...

o crepúsculo entorna nas noites vaporosas
as cinzas feitas com o sangue das rosas
leves como seda, se arrastando...

vapores flutuantes erguem- se, tristonhos
quando os astros velam os meus sonhos
e carícias de veludo vão-se esfumaçando...

by Laís Scodeler

sábado, 14 de junho de 2008

Moda

Há alguns anos atrás, eu li um texto que dizia que com o advento dos computadores e das impressoras, qualquer um pode virar escritor. Qualquer um pode ter sua obra impressa no momento que desejar, e isso prejudicaria aos bons leitores, que no meio de tantas obras, não conseguiriam achar o que é realmente bom. Com o advento da internet então, vemos tanta coisas em blogs completamente inúteis e o pior, de gente que pensa ser o novo Drummond.
Pois é, talvez esse blog se enquadrasse nessa categoria. Mas quando o criei, e principalmente quando passei a dividi-lo com a Laís, a primeira decisão foi de que mesmo que ele não fosse lido por ninguém, colocaríamos aqui textos que pudessem atingir a vida de uma pessoa que viesse a ler.
De início, sabemos que não somos nenhum Machado de Assis para usar bem figuras de linguagem, enquanto vemos espalhados por aí tantas figuras de linguagem e o pior, arcaicas, de pessoas que realmente acham que escrevem como Machado. Filhinhos, acordem. Já se passaram mais de 100 anos. As figuras usadas por Machado já não tocam as pessoas da mesma forma.
Se você acompanha nosso blog, pode perceber que aqui tratamos de temas atuais, ou temas que ainda pertencem à vida de cada um. Nossa matéria é o tempo presente, o espaço presente.
A diferença desse blog para outros, é que temos a matéria que tinha Drummond, mas não escrevemos como ele. Buscamos uma outra forma de escrever. Diferente dos tantos Machados que vemos por aí.
A você, meu caro leitor, a garantia de que estaremos sempre preocupados em como a leitura desse texto pode fazer bem a você. Afinal, o texto tem como objetivo fazer bem ao leitor, e não a quem escreve.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos Namorados

Não tem como deixar o Dia dos Namoraos passar em branco! Essa data tão linda merece destaque, né? Mesmo para aqueles que não têm um par, é sempre válido falar de amor, especialmente nos dias de hoje...

Vamos pensar sobre as almas-gêmeas e o mito dos andróginos...


Platão, em um de seus diálogos, intitulado "O Banquete", dá luz às idéias que surgiram em torno das metades eternas, ou, almas-gêmeas. Para os gregos, os termos que definem o fato de um ser possuir, ao mesmo tempo, os dois sexos, ou, melhor dizendo, duas naturezas sexuais, são "androgenia" e "hermafroditismo". As duas palavras são formadas por
termos gregos: "androgenia" por "andros", que significa "homem" e "ginecon", que significa "mulher"; "hermafroditismo" por Hermes e Afrodite.
O mito dos andróginos diz que em tempos muuuuuiiiito antigos, imemoriais, pode-se dizer, os seres humanos que viviam sobre a terra eram completos, ou seja, possuíam dupla sexualidade, sendo tanto masculinos quanto femininos. Dessa forma, esses seres viviam desafiando os Deuses, que, como todos sabem, odiavam perder. Então, assustados com a possibilidade de um ataque ao Olímpo, reuniram-se para encontrar uma forma de anular a ameaça humana. Depois de muito néctar, decidiram que, para evitar que mais uma tragédia grega ocorresse, era melhor separar os humanos de si mesmos, visto que era a combinação das duas metades que os fortalecia. Assim, os Deuses malvados separaram os homens...houve muito choro e muita tristeza, as partes divididas abraçavam-se desesperadamente, buscando, sem sucesso, a sua outra metade. Como marca da separação, surgiu, então,o umbigo, prova de que era impossível desafiar os Deuses. Após o ocorrido, os seres sentiam-se mutilados, imperfeitos, incompletos, fadados à procura eterna de sua outra parte, equivocando-se na maior parte das tentativas...


A busca pela alma-gêmea e o encontro das almas foi tema de muitos autores, cito um dos mais sensíveis:

“Os minutos que nos uniram são mais poderosos que os séculos. E a luz que iluminou nossas almas é mais forte que as trevas. Se a tempestade nos separa neste mar encolerizado, a maré alta nos juntará naquela praia tranqüila; se a vida nos matar, a morte nos ressuscitará.”

Gibran Khalil Gibran, em Asas Partidas


Procure sempre, mas também deixe o amor te encontrar...

Feliz Dia dos Namorados para todos!


by Laís Scodeler

domingo, 8 de junho de 2008

Sacrilégio

Barça pagará mais por Daniel Alves do que pagou por Ronaldinho, Eto'o ou Henry

O lateral-direito Daniel Alves vai passar a ter mais responsabilidades no futebol espanhol. Trocará o Sevilla pelo Barcelona em uma aquisição que é a terceira mais cara do clube catalão, perdendo somente para o holandês Overmars e o argentino Saviola.

O Barça pagará ao Sevilla 29 milhões de euros, superando astros como Ronaldinho Gaúcho (27), Eto'o (24) e Henry (24).

****

Nunca vi tanto dinheiro ser jogado fora. Eu não pagaria nem 1 milhão por Daniel Alves. E dizer que ele vale mais que Ronaldinho Gaúcho, Eto'o e Henry é um sacrilégio. E querem vender Ronaldinho e Eto'o. Infelizmente, parece que os dirigentes do Barcelona perderam a noção do que é futebol.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Anjinho

Anjinho


"And from her fresh and unpolluted flesh

May violets spring"

(Hamlet)



Não chorem! que não morreu!
Era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou!

Pobre criança! dormia:
A beleza reluzia
No carmim da face dela!
Tinha uns olhos que choravam,
Tinha uns risos que encantavam!
Ai meu Deus! era tão bela!

Um anjo d'asas azuis,
Todo vestido de luz,
Sussurrou-lhe um segredo
Os mistérios de outra vida!
E a criança adormecida
Sorria de se ir tão cedo!

Tão cedo! que ainda o mundo
O lábio visguento, imundo,
Lhe não passara na roupa!
Que só o vento do céu
Batia do barco seu
As velas d'ouro da roupa!

Tão cedo! que o vestuário
Levou do anjo solitário
Que velava seu dormir!
Que lhe beijava risonho
E essa florzinha no sonho
Toda orvalhava no abrir!

Não chorem! lembro-me ainda
Como a criança era linda
No frio da facezinha!
Com seus lábios azulados,
Com os seus olhos vidrados
Como de morta andorinha!

Pobrezinho! o que sofreu!
Como convulso tremeu
Na febre dessa agonia!
Nem gemia o anjo lindo,
Só os olhos expandindo
Olhar alguém parecia!

Era um canto de esperança
Que embalava essa criança!
Alguma estrela perdida,
Do céu c'roada donzela,
Toda a chorar-se por ela
Que a chamava doutra vida!

Não chorem, que não morreu!
Que era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou!

Era uma alma que dormia
Da noite na ventania,
E que uma fada acordou!
Era uma flor de palmeira
Que um céu d'inverno murchou!

Não chores, abandonada
Pela rosa perfumada!
Tendo no lábio um sorriso
Ela foi-se mergulhar
— Como pérola no mar —
Nos sonhos do paraíso!

Não chores! chora o jardim
Quando murchado o jasmim
Sobre o seio lhe pendeu?
E pranteia a noite bela
Pelo astro, pela donzela
Morta na terra ou no céu?

Choram as flores no afã,
Quando a ave da manhã
Estremece, cai, esfria?
Chora a onda quando vê
A boiar uma irerê
Morta ao sol do meio-dia?

Não chores! que não morreu!
Era um anjinho do céu
Que um outro anjinho chamou!
Era uma luz peregrina,
Era uma estrela divina
Que ao firmamento voou!


(Álvares de Azevedo)


***

Descanse em paz, Maria Rita.

terça-feira, 3 de junho de 2008

O Tempo de um Instante

Esses dias, conversando com um velhinho simpático, pude perceber que o tempo passa de um jeito misterioso e único para cada um. A esposa dele desencarnou há uns três meses, mais ou menos, e ele, obviamente, ainda não superou a partida da companheira de longos anos. Estávamos sentados à mesa, batendo papo e rindo bastante, quando, como que tomado por uma melancolia intensa de alma quase sozinha, o senhor iniciou um discurso de retrospectiva, a respeito de seu casamento e de como havia sido feliz. Nós, os presentes, atentos ao exemplo de experiência, ouvimos com carinho o seguinte: “Em toda a minha vida eu só amei duas mulheres: a minha mãe e a minha mulher...”. Em seguida, ele abaixou a cabeça, pôs o queixo como que contra o peito e as lágrimas, sinceras e silenciosas, começaram a cair de seus olhinhos azuis...uma velhinha que estava ao nosso lado perdeu-se, durante o tempo daquele choro emocionado, em um silêncio consciente. Eu, observando aquelas duas figuras, acabei ficando meio sem chão...
O casamento do velhinho durou cinqüenta e dois anos e ele, pelo que notei, nunca se arrependeu de ter unido a sua vida com a da esposa. Quando ela adoeceu de vez, todos nós fomos testemunhas da tristeza do senhorzinho. Alguns, depois da morte da senhora, diziam: “Foi melhor assim...antes isso do que ela ficar presa a uma cama, sofrendo...”. Não posso julgar a veracidade dessa sentença, mas posso afirmar que, para aquele marido, a presença da companheira valeria de qualquer forma. E, claro, quando a morte veio, levou consigo uma vida toda construída a dois. Foram mais de cinqüenta anos, não ciqüenta minutos...e todos aqueles anos estavam ali, conosco, naquele choro sentido.


Quanto tempo dura, realmente, um instante?



by Laís Scodeler

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Simples e direto.

"Mostre-me uma família de leitores, e lhe mostrarei o povo que dirigirá o mundo."
(Napoleão Bonaparte)

Pronto. O post é só isso.

domingo, 1 de junho de 2008

E agora?

Sinceramente eu digo: minha inspiração acabou. Isso pode significar o fim desse blog, para alegria de uns, tristeza de outros e indiferença da maioria. Mas isso poderia significar o fim desse blog, não fosse por dois fatos: primeiro que estou junto com a Laís nessa empreitada e depois afirmo que posso ter perdido a inspiração, mas enquanto eu ainda sentir prazer em escrever, continuarei escrevendo.
Então, falemos sobre a inspiração. A inspiração é algo que ninguém sabe o que é, mas é algo que te deixa bom em um exato momento para fazer algo. Perdi minha inspiração? Não perdi nada. Já dizia Thomas Alva Edison, que um gênio (não que eu seja um) era 1% inspiração e 99% transpiração. Transpiração, no sentido de suor mental, de almejar sempre ser o melhor, obstinação. Não nos basta sermos razoáveis, temos de ser os melhores, mesmo que chamem isso de perfeccionismo. Perfeição que nunca vamos alcançar, pois somos seres limitados, embora às vezes nos achemos deuses. Deus(es), fonte de amparo, de dúvida, de fortaleza e, porque não, de inspiração. Acreditavam os gregos e romanos, existir um deus para o amor, outro para a colheita, outro para a guerra e tantos outros, um para cada coisa. Depois, o mundo passa à fase em que a maioria acredita na existência de um único Deus, que contradiz os romanos, principalmente a Marte, deus da Guerra, sendo um Deus que faz amor, não faz guerra. Belo slogan, não acha? Slogan do movimento hippie, que pregava a total liberdade e o fim das convenções sociais. Sociedade, um complexo conjunto de estruturas morais, pessoais e esdrúxulas que nos aprisionam a cada dia. Dia, carpe diem. Noite, carpe noctem. Aproveite-os, cada minuto de sua vida. Não se perca achando que não tem inspiração. Transpire e a inspiração virá. Almeje a perfeição, busque-a em Deus ou, se não acreditar que Ele exista, tente se tornar um. Faça o amor em todos os seus atos, repudie a guerra. Tente ignorar a sociedade, mas sem ignorar que você está inserido nela. Faça a diferença, não espere que as coisas venham a você.