sábado, 14 de fevereiro de 2009

Idas, vindas, partidas e reencontros

Quando nos separamos de uma pessoa querida, sentimos que alguma coisa se quebrou, se partiu. Sendo por motivo de morte ou não, sabemos o quão difícil é romper os laços que adquirimos ao longo de uma convivência intensa e significativa. É doloroso e, por vezes insuportável, saber que alguém que você gosta muito foi ou vai embora, mesmo que saibamos que nos reencontraremos. Dá uma raiva tremenda quando as pessoas decidem partir! A gente se pergunta o porquê, mas não podemos ter todas as respostas, e, por isso, continuamos perguntando!
No momento da partida, dá uma vontade de dizer: “Quem foi que disse que você pode ir?”. Só que nem sempre podemos interferir em tudo. Então, com o coração apertado, a gente segura o grito e diz, quando pode: “Tchau! Vai com Deus e volta logo!”.
Os reencontros fazem com que aprendamos a dar valor na presença daqueles que gostamos, já que daqui a pouco eles terão de voltar seja lá para onde, e nós, ficaremos com aquela sensação de ter uma parte quebrada, partida, novamente. E adivinha o que nos fará alegres de novo? A esperança de um novo reencontro!
As idas, vindas, partidas e os reencontros fazem com que a nossa vida se encha de luz e de novidade! Ao mesmo tempo em que pensamos em alguém que está longe, há um outro alguém pensando em nós! Legal, né?



by Laís Scodeler

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A coisa e a forma certas.

"Quando médicos e enfermeiros não podem fazer a coisa certa.

No mês passado, uma médica que trabalha como consultor de ética conversava comigo sobre uma preocupação crescente no hospital em que trabalha. Médicos e enfermeiros se sentem aprisionados, de acordo com ela, pelas concorrentes demandas de administradores, companhias de seguro, advogados, familiares dos pacientes e qualquer outro. Eles são forçados a um compromisso sobre o que eles acham que é certo para os pacientes.

Ela chamou o problema de 'aflição moral'."

Traduzido da Edição Online do The New York Times
Publicado por Pauline W. Chen, M.D. em 5 de fevereiro de 2009.

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Mais que um problema de médicos e enfermeiros, a aflição moral é um problema constante em nossa vida. Quantas vezes temos que fazer coisas que não queremos fazer, ou que vão contra os nossos pensamentos em nossos dias. Os percalços de nosso emprego, de nossa convivência com vizinhos e dentro da própria casa. Temos que conviver com isso.
Mas, conforme diz a reportagem, gostaria de ressaltar isso na vida dos médicos. Os erros médicos crescem linearmente ao longo tempo. Os processos por erros médicos tem crescido exponencialmente. As vezes é difícil entender o porquê de tudo isso. Acho que as pessoas vêem uma forma de ganhar dinheiro. Muitas vezes impulsionadas por advogados interessados em comissões no resultado de processos que podem render milhares ou até milhões.
Muitos dizem que os médicos se acham deuses. Quanto a alguns, sou obrigado a concordar. Mas os culpados são todas as outras pessoas, que esperam que eles sejam deuses. Não se acredita mais que não é possível salvar a vida de uma pessoa. O médico tem sido obrigado a curar até doenças para as quais não foi descoberta a cura.
Isso, quando não ocorre algo que infelizmente acontece: o paciente ou familiares dele interferem no tratamento prejudicando a cura ou a sobrevida do paciente. O médico está sempre errado.
Falta as pessoas compreenderem que o médico não é um deus. Ele é um ser humano, carregado de emoções, sentimentos e principalmente limitações. É necessário compreender também que erros acontecem, faz-se necessário somente saber se os erros vieram da natureza humana, ou da negligência.
Temos que aprender que a nossa aflição moral é a mesma dos médicos. Quem sabe se pararmos de pensar que eles são deuses que tem a obrigação de nos salvar eles não param também de pensar que o são?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Recomeço

Muitos estão voltando a sua rotina normal hoje. Seja por motivo de trabalho ou estudo, grande parte das pessoas retorna para mais um início, mesmo que, para quase todos, seria realmente interessante aumentar o curto período de férias. Recomeçar é sempre algo complicado, ainda que se esteja querendo fazê-lo. Não é nada simples, por exemplo, mudar de escola ou começar a trabalhar em um novo emprego. Também não é assim tão comum voltar ao lugar de sempre, justamente porque passamos um período significativo afastados da nossa rotina, e, quando voltamos, não somos mais como antes. Se houve ou não viagem, tudo bem. O fato é que, mudamos todos os dias e só a ideia de rever as coisas nos torna, de alguma forma, diferentes. Podemos estar mais ou menos receptivos, podemos querer mais ou menos para o novo ano, podemos ter milhões de planos para aproveitar o tempo ou podemos, às vezes porque ainda não descobrimos de verdade o que queremos poder, estar conformados com o estilo de vida que levamos. Ou melhor, que trazemos conosco e que repartimos com os que nos cercam. No final de tudo, o mais importante é estar consciente de que um retorno é sempre um retorno. Sim. Pode ser um novo início literalmente falando e, também, pode ser um recomeçar, um reciclar de pensamentos que faz parte de cada nova vivência. Lembre-se, caso esteja de volta, que o que você fizer ou o que os outros farão do seu retorno depende, expressivamente, de como você estará recomeçando. Aproveite!



by Laís Scodeler