quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Carpe Diem

Aproveite o dia. Cante, pule, dance, sorria, chore, se emocione, canse. Mas aproveite cada dia de sua vida. Jamais fique esperando o tempo passar. Não se preocupe com o que os outros vão pensar de você. Afinal, eles que estão deixando de aproveitar o dia deles para falar mal de você.
Busque sempre a felicidade. Como dizia Thoreau: "Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi." Viva, não apenas exista. E a vida não é um grande balanço feito no leito de morte. A vida está em cada minuto, em cada segundo, em cada pequena ação do seu dia.
Nunca deixe de dizer um "eu te amo" ou um "obrigado". Nunca deixe de fazer o que gosta para fazer o que os outros acham melhor. Nunca deixe de ser você.
Torne sempre seus dias mais felizes. Aproveite cada minuto para alcançar seus objetivos. Sejam eles profissionais, pessoais ou espirituais. O seu sonho depende somente de você para se tornar realidade. Aproveite a beleza de seus sonhos. O sonho é a melhor forma de imaginar um mundo melhor para você. Através de sua imaginação, faça a realidade. Não esqueça que os maiores feitos da humanidade foram antes um sonho na cabeça de alguém. Você quer, você pode.
Cante, dance, pule. A pujante peça da vida continua e nela você pode contribuir com um verso. Faça com que seja o verso mais belo. Ou melhor, não faça um único verso. Faça um verso a cada dia, para no final, compor o mais belo poema já visto: o poema da vida.
É claro que você não terá somente versos felizes no poema, haverá versos com influência de Byron, outros com influência de Gonçalves Dias, ou quem sabe até de um Castro Alves. Mas aprenda que cada verso da sua vida será belo. Os alegres trarão felicidade, os tristes trarão ensinamentos e os de luta trarão experiência. Mas escreva o seu próprio verso a cada dia.
E você, já aproveitou seu dia hoje? Já escreveu seu verso? Não deixe para amanhã, aproveite seu dia hoje. Para encerrar, versos de Robert Herrick:


"Apanha os botões de rosa enquanto podes
O tempo voa
E essa flor que hoje sorri
Amanhã estará morta"


Carpe diem!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Música para a alma

Feche os olhos. Agora, tente imaginar a vida sem a Música. Ela simplesmente é impossível. Muito mais que uma arte, a Música é imprescindível para nós. Você pode até não ter um cantor, ou banda favorita, mas com certeza há alguma música que te marcou, ou foi "trilha sonora" de algum momento especial da sua vida.
Quem nunca pensou que não valia a pena "viver e não ter a vergonha de ser feliz"? Quem nunca teve dúvidas sobre "o que será? o que será?" Quem nunca pediu a Deus "um pouco de malandragem"? Quem nunca se virou para aquela pessoa especial e disse: "Por você, eu dançaria tango no teto. Eu limparia os trilhos do metrô..."? Quem nunca sonhou em ter Asas? Ou com um lugar "onde eu possa ser imortal"? Quem nunca teve certeza que certa pessoa apareceu em sua vida Como um Anjo? Quem nunca viveu Emoções? E quem não chorou quando Ela Disse Adeus? E nisso, todos tivemos certeza que "every little thing is gonna be all right".
Não é difícil perceber que para todos os momentos da nossa vida há uma música. Você nasceu, cresceu, um dia te ensinaram que "Big Girls Don't Cry". Depois, descobriu que "tudo que é bom de verdade despenteia", ficou "na pista pra negócio", depois, se tornou "livre pra poder sorrir, livre para poder buscar o meu lugar o sol". Um certo dia, perguntou ou ouviu a pergunta "Quer casar comigo?" Se virou para tantas pessoas e disse: "Eu quis dizer, você não quis me escutar". E quando paramos pra pensar, só podemos ficar "com a pureza das resposta das crianças. É a vida, é bonita e é bonita."
Para os momentos tristes, também há uma música. Tanto para aquele fim de relacionamento, seja para aquele que você pensa que "assim ela já vai, achar um cara lhe queira" ou para aqueles em que sobra um "safado, cachorro, sem-vergonha" como para aqueles momentos em que é mais fácil "aprender japonês em Braille", ou ainda para aquele querido amigo que parte mais cedo do que deveria e só te deixa a certeza de que "é tão estranho, os bons morrem jovens".
Triste, mesmo, seria somente viver sem música. Ludwig van Beethoven, declarou em 1802, no seu Testamento de Heiligenstadt, que só continuaria a viver por causa da música. Você pode dizer que se trata de um dos maiores compositores da humanidade e por isso ele fez essa declaração. A verdade, é que, inconscientemente, a música que ouvimos tem um papel incomensurável na manutenção de nossa vida.
E, nós, brasileiros, somos mais privilegiados ainda, porque podemos cantar: "Moro, num país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza! Em fevereiro, tem carnaval. Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza".
Temos de lutar para que a música não se apague nunca de nossas vidas. Embora essa seja uma luta fácil, não podemos abdicar desse direito. Música para os ouvidos e para a alma.

Post dedicado a uma pessoa muito especial.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Até quando?

Adoro elogiar as torcidas de futebol, confome fiz ontem com as torcidas do Rio de Janeiro. Mas, cada vez mais, tenho perdido meus motivos para fazê-lo. Foi com enorme tristeza que recebi a notícia que um torcedor do Criciúma de 62 anos havia perdido a mão após ser alvo de uma bomba lançada por um torcedor do Avaí num jogo entre as duas equipes no estádio Heriberto Hülse, em Criciúma. Não obstante, após a explosão, a torcida do Criciúma invadiu a ala da torcida avaiana. Sinceramente, não acho que deveriam provocar uma confusão generalizada, mas sim, fazer o "torcedor" do Avaí pagar pelo que fez por meios legais.
Em cima, coloco a palavra "torcedor" entre aspas, porque um imbecil capaz de levar duas bombas para um estádio de futebol e lançá-las para onde quer que seja, não merece ser chamado de torcedor. Merece ser proibido de entrar em qualquer evento esportivo. É inaceitável e deplorável.
Não adianta cobrar por mais segurança nos estádios. Não é esse o caso quando vemos uma notícia dessas. Temos que cobrar sim, para que os torcedores deixem de ter o patético desejo de entrar em confronto com os adversários. Para que entendam que um estádio de futebol, é um lugar de espetáculo e, confronto, somente aquele da bola dentro das quatro linhas.
Como canta a torcida do Vasco da Gama, ir ao estádio é simplesmente torcer para o seu time ser campeão e fazer do local um caldeirão de vibrações positivas. Ou como canta a torcida do Flamengo, estar sempre onde o time estiver, ou como a do Botafogo, em que ninguém cala o amor. Não é local para atirar bombas, romper isolamentos, invadir o campo e carregar objetos que possam machucar.
São essas manifestações que mancham a imagem do futebol brasileiro. Temos que ter sim, mais segurança nos estádios, com revistas mais eficientes nos torcedores que entram, mas temos que ter caráter. A nossa paixão pelo nosso clube não pode, jamais extrapolar certos limites.
Há algum tempo atrás, defendi o fim do racismo no futebol. Agora, sou mais amplo. Defendo o fim de toda e qualquer forma de violência. Seja ela entre torcedores com bombas, como o caso de Santa Catarina, entre torcedores e jogadores, como os casos de racismo e entre jogadores, como a entrada criminosa do zagueiro inglês Taylor no brasileiro naturalizado croata Eduardo da Silva, que fraturou a perna deste (foto ao lado). Atos de violência gratuita nos gramados, causam reflexos nas arquibancadas e com conseqüências ainda piores.
Até quando teremos que conviver com essas manifestações imbecis? Até quando?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Templo

Definitivamente, ele não é apenas um estádio. O Maracanã nasceu para ser, eternamente, o maior templo do futebol mundial. Só quem já foi lá, sabe o que ele realmente é.
A primeira vez que fui ao Estádio Jornalista Mário Filho, foi para assistir uma derrota da Seleção Brasileira sub-17 para o Equador por 4x2. E que importava o resultado? Eu estava lá, naquele lugar consagrado, o lugar em que todo amante do futebol sempre sonhou estar, naquele que, em tamanho, pode até deixar de ser o "maior do mundo", mas em importância, liderará todas as listas do futebol mundial.
Os ingleses têm a despeita de chamar o estádio de Wembley de "Templo Sagrado". Dizem isso, somente porque lá ganharam uma Copa em 1966, com um gol em que a bola não entrou. No Maracanã, não há isso. Podem haver diversos "Maracanazos", mas a aura do estádio se manterá na cabeça do povo. Toda criança um dia sonhou em entrar no Maracanã lotado e fazer aquele gol aos 46 do segundo tempo que daria o título ao seu time, calando a torcida do maior rival.
Há, no estádio, a Calçada da Fama. Tantos pés já colocados naquele lugar, mas, sinceramente, quem deveria ser colocado acima de tudo e de todos é o gramado do Maracanã. O gramado que viu o milésimo gol do "atleta do século", Pelé. Gramado que já foi, pelo menos por um dia, a casa de tantos craques do futebol. Apenas como exemplo, citamos Didi, o autor do primeiro gol do estádio, Garrincha, Nilton Santos, Zico, Roberto Dinamite, Rivellino, Júnior, Ronaldo, Romário e Robinho. O gramado sim, merece todas as homenagens.
Mas o maior show do Maracanã está nas arquibancadas. Está em ver as torcidas, de quaisquer times, gritando palavras de ordem. Realmente, emociona. Ontem, foi especial ver as torcidas de Botafogo e Flamengo apoiando seus times até o final do jogo. Assim como já foi especial ver as torcidas de Vasco, Fluminense e todas juntas apoiando a Seleção Brasileira. O futebol vive disso, e sendo assim, o Maracanã terá vida eterna.
Torcedores de todos os clubes cariocas já cantaram "O Maraca é nosso" e, saibam, todos estão certos. O Maracanã é a casa do melhor futebol mundo, está localizado na cidade mais linda e é habitado por torcidas capazes de vencer um jogo e até mesmo um campeonato. Ele é sagrado para todos aqueles que admiram o futebol. Como resumir o que é esse templo? As palavras de Neguinho da Beija-Flor dizem melhor:

"Domingo, eu vou ao Maracanã
Vou torcer pro time que sou fã,
Vou levar foguetes e bandeira

Não vai ser de brincadeira,
Ele vai ser campeão


Não quero cadeira numerada
Vou ficar na arquibancada
Prá sentir mais emoção


Porque meu time bota pra ferver,
E o nome dele são vocês que vão dizer
Porque meu time bota pra ferver,

E o nome dele são vocês que vão dizer

Ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô MENGO!

Ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô VASCO!

Ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô FOGO!

Ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô , ô NENSE!"

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Imortais pela morte

"Aos nossos pais, irmãos e familiares e a todos que ajudaram na realização deste trabalho.
Ao pessoal do avião (que serviu um rango da hora na nossa viagem pros USA); ao Santos Dumont (que inventou o avião, senão a gente ainda tava indo mixar o disco, a pé); ao Gonzales (mexicano clandestino que arrumava nossos quartos no hotel); ao pessoal do estúdio "the Enterprise" (que ria das nossas piadas mesmo sem entender porra nenhuma); ao Charles Miller (por ter trazido o futebol pro Brasil); ao Chaves e Chapolin; ao Billy, Pluck, Mike, Proteus, Dick, Giully e Fluke (nossos cachorros); ao Ultraman (que matou aquele monstro horrível); à tia da escola que dava canjica na hora do recreio; ao pessoal da EMI, que nos encontrou em cima duma ponte com uma bigorna amarrada no pescoço, e num gesto de piedade acolheu nosso trabalho (valeu mesmo, galera!!!)"

Quem não lembra dessa capa e desse agradecimento no disco (sim, eles ainda lançaram o álbum em vinil) ou no CD dos Mamonas Assassinas? E foi essa irreverência e essa alegria que marcaram a trajetória desse grupo de sucesso na música brasileira. A sua música cheia de gozações os imortalizou. Não, não foi isso. Ironicamente, o que imortalizou os Mamonas foi a sua morte.
Antes de mais nada, declaro que sou fã incondicional dos Mamonas. Mas a verdade é que o acidente que matou Dinho, Júlio Rasec, Bento Hinoto e os irmãos Sérgio e Samuel Reoli no dia 2 de março do ano de 1996 manteve na cabeça de todos nós o status de grande sucesso que eles viviam na época.
Ora, músicas com letras irreverentes como Pelados em Santos, Robocop Gay, Lá Vem o Alemão e Vira-vira, historicamente fazem sucesso em momentos que o país vive tranqüilidade. Em momentos de crise, as pessoas preferem letras que tenham conteúdo mais sério, de crítica inclusive. Sabemos também que o país enfrentou uma crise econômica de desvalorização do Real nos anos de 1997 e 1998, o que, provavelmente, diminuíria a esfera de sucesso do grupo.
Tenho um colega que afirma: "Se os Mamonas não tivessem morrido, o Dinho já seria presidente do Brasil." Concordo, porque o povo brasileiro adora eleger esses ídolos decadentes, vide Frank Aguiar, Clodovil e tantos outros. Mas não da mesma forma que ele pensa. Dinho não seria uma estrela da música até hoje. Teria, talvez, até caído no esquecimento. Talvez, sobrevivesse, mas fosse no máximo mais um Latino, que faz um sucesso, some, e séculos depois reaparece.
Já que a morte os imortalizou, que bom. Ainda posso cantar por muito tempo e sonhar com a Brasília Amarela.

Essa economia me deixa nostálgico.

São anos freqüentando as mais diversas festas de aniversário. E todo esse tempo, sempre adorei aquele salgadinho de ovo de codorna. Claro, você pelo menos já viu um. Mas um certo fato tem me deixado triste ultimamente. Antes, o ovo vinha com uma pequena fissura em cima, onde colocavam uma pequena fatia de tomate ou caqui. Nos tempos de hoje, tiraram essa fatia. É o fim! Acabaram com muito da magia do meu salgadinho preferido. Daqui a pouco tirarão a maionese e talvez o ovo. Essa mania de economia só faz aumentar a minha nostalgia, afinal, no meu tempo, os salgadinhos de ovo de codorna tinham uma fatia de tomate ou caqui. Tenho pena dos meus filhos, que não saberão o que era isso.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Homenagem

Depois de muitas críticas, textos sobre o dia-a-dia, abro espaço no Blog para uma homenagem. Uma homenagem a alguém que você, leitor, provavelmente não conheceu. Queria dizer algumas palavras para meu avô, que desde o dia 19 de outubro de 2001 partiu para um lugar próximo de Deus. E com certeza, continua de lá, olhando por todos que conheceu.
Pra mim, não é nem um pouco difícil falar do senhor José dos Santos. Nome comum, não? Mas personalidade e caráter ímpares. Não afirmo isso por ser meu avô, mas porque já ouvi da boca de tantas outras pessoas.
Pra mim, ele é muito mais que um exemplo de homem, ou de avô. Ele foi meu segundo pai. Foi não, pra mim ele continua sendo e sempre será. Foi o homem que morou comigo e formou muito da pessoa que eu sou hoje. Não há como esquecer o seu sorriso, todas as manhãs quando eu acordava, me perguntando se eu tinha sonhado com ele e sempre inventando um sonho que ele tinha tido comigo só pra me deixar feliz. Era o homem que sempre pegava seu radinho de pilha e ia pra sala escutar o jogo do Flamengo, sua paixão. Graças a ele eu hoje sou Flamengo. Sua paixão me contagiava e eu, ainda sem ter escolhido meu time, nas minhas fantasias de jogos de futebol no quintal, fazia que o Flamengo ganhasse só para mostrar pra ele e fazê-lo feliz.
Foi aquele homem que quando morreu, eu simplesmente não queria acreditar. Não era possível que uma das pessoas que eu mais amava nesse mundo havia partido. Mesmo sabendo, que por causa de suas complicações clínicas aquilo era o melhor pra ele, eu não conseguia acreditar. Naquele dia deixei meu álbum de figurinhas, que eu tanto gostava, na chuva. Perdi o álbum e não me importei. O que era um álbum diante daquele meu Vô Zé?
Vô, desde que o senhor partiu, muita coisa mudou. Deixei de ser aquilo menino com 11 anos e me tornei um homem. Infelizmente, o senhor não pode estar nas minhas formaturas, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio em presença física, mas com certeza estava no meu coração. E dele, o senhor nunca sairá. Agora, na alegria de ter sido aprovado no vestibular, não pude ter seu abraço de parabéns, mas posso claramente sentir o senhor ao meu lado dizendo: "É isso aí meu chapa. Seu avô tem orgulho de você."
Não vô, não é o senhor que tem orgulho de mim. Eu que me orgulho de um dia ter aprendido tanta coisa com o senhor. Obrigado por tudo. Não sei onde o senhor está nesse momento, mas sei que está do meu lado. Te amo eternamente.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A fila nossa de cada dia

Ela sempre está presente no nosso dia. No restaurante, no banco, no cartório, na hora do alistamento militar, na operadora de telefonia celular: a fila. Pra muitas das coisas que vamos fazer temos que enfrentá-la, apenas olhando, estáticos, roboticamente esperando a palavrinha mágica se dirigir a você: "Próximo!".
A fila é a maior perda de tempo inventada pela humanidade. Sinceramente, espero que um dia invente-se alguma lei que proíba as filas. Mas é, quando respeitada, uma das maiores invenções da humanidade. Nada foi tão capaz de ordenar as pessoas e evitar certas confusões como uma fila.
Quando não estou apressado, nem me importo de ficar em uma fila esperando. (Se houver um banco para eu sentar, claro). Em qualquer outra situação, a fila é extenuante. É um pedaço do território de Hades na Terra. Ninguém merece ficar horas em pé, debaixo do sol, esperando para se alistar nas Forças Armadas. E isso, sem querer servir. Mas isso é outra história.
O pior de tudo é esperar um bom tempo na fila e quando chega a sua vez, a atendente lhe diz que não pode fazer nada porque falta documentação, ou porque você ainda está fidelizado por alguns meses por causa de uma promoção que você nem lembra de ter aceitado.
Inventaram a senha para que as pessoas não precisem ficar na fila, desde que estejam no local quando forem chamadas. Você chega, pega a senha 95 e vê que ainda estão atendendo o 42.
A fila é tão ruim, que foi associada a times que ficam um bom tempo sem conquistar títulos. Diz-se que os times "estão há tantos anos na fila".
Querem saber? Vou dormir. Quando for a minha vez me chamem.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

E Fidel (não) morreu...


Após um acontecimento histórico para a política mundial, como foi o que aconteceu hoje, com a renúncia de Fidel Castro ao cargo de Presidente em Cuba, após 49 anos no poder, surgem muitas especulações sobre o futuro. E o que muda com esse acontecimento? A resposta: nada.
Sim, nada muda. Fidel sai, e o provável sucessor é seu irmão, Raul, que já vem governando desde que o ditador ficou doente. Manterá a mesma linha socialista e de desrespeito aos direitos humanos.
Além de tudo, Fidel não morreu. O cubano continuará ditando suas ordens em Cuba, mantendo inclusive sua coluna no jornal oficial, somente com outro nome. A Ordem no país continuará sendo a mesma.
Além disso, Cuba não passa de uma pequena ilha no Caribe, que até o início da década de 1990, dependia de uma "mesada" da União Soviética para sobrevivência. Hoje, depende de remessas de dinheiro vindas de cubanos que moram nos EUA, muitos deles ilegais. O presidente norte-americano George W. Bush já anunciou que seu país manterá o embargo econômico a Cuba.
Ou seja, com o irmão do Comandante no poder e o embargo econômico mantido, nada vai mudar. Nem mesmo a potencialidade de Cuba na saúde e nos esportes.
Me lembra muito um outro governante que ficou 49 anos no poder e quando saiu, isso nada mudou nem no seu país, nem no mundo. Já ouviram falar de um tal de D. Pedro II?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Enquanto isso, no Mineirão...

2007. Semifinais da Taça Guanabara, equivalente ao primeiro turno do Campeonato Carioca. Jogo: Flamengo x Vasco. Enquanto isso, a TV Panorama, afiliada da Rede Globo em Juiz de Fora, cidade em que mais de 80% da população torce para times do Rio de Janeiro, transmite o clássico Cruzeiro x Ituiutaba, pela 1ª fase do Campeonato Mineiro. Em 2008, a história se repete: Flamengo x Vasco na semifinal da Taça Guanabara e na TV Panorama, mais um clássico da 1ª fase do Mineiro: Atlético-MG x Social.
Quem escolhe a programação esportiva da TV Panorama com certeza é dono de bar em Juiz de Fora. Porque assim os bares ficam cada vez mais lotados, já que não podemos ver o jogo na TV aberta em nossas casas. É simplesmente impossível que um Atlético-MG x Social dê mais audiência do que uma semifinal entre Flamengo x Vasco, respectivamente 1ª e 3ª maiores torcidas da cidade.
Somos obrigados a assistir jogos medíocres de times de Belo Horizonte. Nem os jogos do time da cidade, o Tupi, que também disputa o Campeonato Mineiro são transmitidos. Deprimente.
Abrindo um parêntese para comentar dos jogos do fim de semana, afirmo que me deliciei. A vitória do Social sobre o time de BH em pleno estádio Governador Magalhães Pinto foi maravilhosa. No sábado, o Galo de JF fez o Tigre parecer um gatinho indefeso em Ipatinga. No Rio, abro um parêntese dentro do parêntese para comentar sobre o senhor Thiago Neves. Esse senhor, sem hombridade alguma, que tem por prazer menosprezar os seus adversários, ultimamente o Flamengo e o Botafogo, está fora da final, enquanto os times aos quais ele menosprezou farão a final da Taça Guanabara.
O Botafogo passeou sobre o Fluminense desse "jogador" que não apareceu em campo. 2x0 foi pouco. E, para mim, já vi a imagem do ano que foi a torcida do Botafogo fazendo a dança do créu, em homenagem a esse jovem insano.
Quanto ao outro jogo, Flamengo x Vasco, valendo alguma coisa, não houve novidade alguma. Como sempre, nos últimos anos, o Rubro-Negro da Gávea, o Mais Querido do Brasil, levou a melhor sobre o time que leva o nome do VICE-rei das Índias.
Domingo, Flamengo e Botafogo fazem a final. Qual jogo do Campeonato Mineiro será que vamos assistir? Plim-plim.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

A queda do guerreiro.


E mais uma vez, o guerreiro tombou. Seu joelho não foi capaz de agüentar tanta vontade, tanta habilidade e tanta pressão. A imagem de Ronaldo Nazário de Lima saindo carregado do gramado de San Siro não foi tão chocante quanto à da lesão que ele sofreu jogando no mesmo estádio, só que por outro clube e em outro joelho (pela Internazionale na perna direita e pelo Milan na esquerda), mas é capaz de nos deixar com a mesma dúvida: será que agora tem volta?

A resposta só o tempo dirá, nos resta torcer para que ele volte. Ronaldo merece toda corrente positiva dos brasileiros por tudo que representou para o futebol brasileiro. É o segundo maior artilheiro da Seleção Canarinho, atrás somente de Pelé e o maior artilheiro da história das Copas do Mundo. É um dos maiores jogadores que eu vi jogar. E já provou, acima de tudo, que é capaz de toda recuperação. Após o drama da primeira contusão, ele se recuperou, e voltou da Copa na Coréia e no Japão com o título e a artilharia.

A ruptura do tendão patelar é uma lesão grave, mas Ronaldo já foi operado na França e terá à sua disposição o melhor tratamento do mundo. Mas, independente disso, Ronaldo vai provar mais uma vez ser dono de uma das maiores forças de vontade que eu já vi na história do esporte, comparável somente (pelo que me lembro no momento) à do ciclista Lance Armstrong, que superou um câncer e voltou a competir e obter vitórias.
Ronaldo teve uma carreira sempre vitoriosa, e não acredito que agora seja o fim. Ele vai mostrar mais uma vez que é um vencedor nato, digno de ser chamado de Fenômeno. Essa é a imagem que queremos guardar dele.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Desacertos reflexivos...

Busca coloca Preta Gil contra o Google

O advogado da cantora Preta Gil, Ricardo Brajterman, afirmou nesta sexta-feira (15) que abrirá um processo contra o Google nos próximos dias. O motivo é uma associaçã
o, feita na busca de imagens do site, entre o nome dela e os termos "atriz" e "gorda". Quando o internauta digita essas duas palavras juntas, aparece a sugestão “experimente também: Preta Gil”.

“É ridículo, é ridículo. Quando você busca ‘atriz gorda’ não aparece nada com meu nome. Mas depois vem essa sugestão”, afirmou a cantora ao G1. “Vindo do Google, que hoje é o manual de todo mundo, é algo deplorável.”

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Com certeza, ela não concordou com o "atriz".

Desacertos reflexivos...

Ivete Sangalo está com novo amor

Ivete Sangalo vem falando por aí que já deixou o time das solteiras. E deixou mesmo. O empresário mineiro Felipe Simão, de 32 anos, é o novo namorado da cantora.

O casal se conheceu em Salvador, um pouco antes do desfile das campeãs. "Não estou mais solteira", disse Ivete à revista Caras.

Amigos próximos ao casal confirmam o envolvimento dele com Ivete: “Eles estão namorando sim, é tudo muito novo, mas parece que é pra valer”, disse ao EGO um amigo do casal, que prefere não se identificar.

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Não sei o porquê, mas quando vi essa notícia pensei em uma música do Kid Abelha:


Quando ela cai no sofá, so far away
Vinho à beça na cabeça, eu que sei
Quando ela insiste em beijar seu travesseiro, eu me viro do avesso
Eu vou dizer aquelas coisas, mas na hora esqueço

Por que não eu?
Por que não eu?

Eu encomendo o jantar só pra nós dois
Se não tem nada pra depois, então por que não eu?
Você "tá" nessa rejeitada, caçando paixão
Eu com a cara mais lavada digo, Por que não?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Big Brother Brasil: uma ode à burrice.

Você sabe que Boa Vista é a capital de Roraima?
Sabe que uma mercadoria que teve 20% de desconto e passou a custar R$400,00 custava R$500,00?
Sabe que o Brasil têm, incluindo o Distrito Federal, 27 estados?
Sabe que o estado de Tocantins fica na região Norte?

Você acha que qualquer criança de 4ª série sabe isso?

Pois é, os "brothers" não sabiam.

E ainda assim, o povo os trata como ídolos.



Desejo mais uma dose, organizemos uma reunião para fazer um brinde e entoar uma ode à burrice nacional.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Um brinde ao ponto de ônibus.


Sim, você deve odiar ficar no ponto de ônibus, esperando o seu ônibus que demora uma eternidade para passar, do lado de gente que você nunca viu. Eu também odeio. Mas o ponto de ônibus merece um brinde, devido ao destaque em nossas vidas no dia-a-dia e por ser um dos lugares mais engraçados e onde você ouve as melhores histórias.
Você, cansado após sair de seu trabalho ou escola, ou ainda não muito desperto ao pegar o ônibus de manhã não repara em tudo que acontece no ponto e não pára para conversar com as pessoas a seu lado. Tente.
Observe a fila da carrocinha de pipoca, ou do cara que vende amendoim, que existem normalmente perto dos pontos de ônibus. Eles faturam. A fila não pára de crescer e ele não pára de vender. Na minha próxima vida serei pipoqueiro.
Observe todos os ônibus parando e pessoas embarcando e desembracando. São pessoas diferentes e cada uma tem uma história para nos contar. Dou uma dica: se o seu ônibus está demorando, pergunte à pessoa ao lado as horas e assim você iniciará uma conversa.
E foi assim, que aos poucos fui conhecendo o operário de fábrica que havia xingando o patrão, a dona de casa que reclamava do abuso dos preços, a senhora que me disse que naquele horário os motoristas são todos lerdos, o cara "meio" louco que fica apitando todas as noites para os ônibus saírem do ponto depois de um certo tempo, o cara que vende churrasquinho e o garçom que trabalhou 8 anos no Rio de Janeiro e hoje trabalha em um restaurante de Juiz de Fora.
E assim, as próprias pessoas te apresentam outras e contam histórias de sua vida. Muitas engraçadas, muitas tristes. O garçom, trabalhou no rio na 4x4. Só aí já comecei a rir. Contou-me do cara que bebia duas garrafas de Johnnie Walker Red Label por dia. Do jovem que tirava a roupa toda vez que ficava bêbado no bar, e das mulheres lindas que ele via todo dia no trabalho, mas eram lésbicas. Do grupo de três mulheres, que numa noite de terça-feira pagaram uma conta de R$269,00 no bar. O mesmo garçom me apontou um jovem de boné vermelho, que segundo ele estava totalmente tonto no dia anterior no ônibus, sob efeito de entorpecentes.
As pessoas contam sobre seus filhos, seus trabalhos, seus sofrimentos. E vemos que temos muito mais semelhanças do que imaginávamos. Algo nos une, além da espera por um ônibus.
O ponto de ônibus é sim, um espaço de igualdade. Todos que ali estão: brancos, negros, gordos, magros, bonitos, feios, mais ou menos calejados e sofridos são impressionantemente iguais. E por ser assim, o ponto de ônibus merece um brinde. Vida longa aos pontos e suas histórias.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Desacertos reflexivos...

Do globo.com:

Ângela Bismarchi decide virar japonesa de vez e recuperar a virgindade


Nem bem terminou o carnaval e Ângela Bismarchi já anuncia uma nova cirurgia... Aliás, uma não, duas. Insatisfeita com o resultado da orientalização dos olhos por meio de fios de ouro - que fez para desfilar como rainha de bateria da Porto da Pedra -, a modelo revelou ao EGO que virou japonesa definitivamente na noite de segunda-feira, 11. "Vou ser uma loira japonesa para sempre", disse a modelo, que se recupera em casa do procedimento que, desta vez, consistiu em "prender" o músculo da região ocular à auricular.

Além de se orientalizar, Ângela também pretende voltar a ser virgem por meio de uma cirurgia de reconstituição do hímen.

O afinco em voltar a deitar numa mesa de operação é para realizar uma fantasia sexual do marido, o cirurgião plástico Wagner Moraes - que também será o responsável pela reconstituição -, com quem ela se casa no dia 17 de abril na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro.

"Encontrei o grande amor da minha vida", diz Ângela, que pleiteia um lugar no "Guiness Book" como a pessoa que mais fez cirurgias plásticas no mundo. Ao todo ela agora contabiliza 43 intervenções.

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Tenho algumas observações:

1- Não bastou o ridículo da plástica para o carnaval?

2- Essa mulher deveria ser MUITO feia, porque, mesmo após suas 43 cirurgias plásticas, eu continuo sem ver beleza alguma nela.

3- Grande fantasia sexual. E grande forma de realizá-la. Fato que na "hora h" ele vai lembrar que é de mentira. Afinal, ele mesmo vai fazer a cirurgia.

4- Inteligente essa mulher. Depois de tantas plásticas, resolveu se casar com um cirurgião plástico. Grande forma de conseguir um descontão para as próximas cirurgias.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.


Especialmente hoje, as palavras não serão minhas. Serão de Hipócrates de Cós e seu juramento:

Imagem: Bastão de Esculápio (Asclépio).

"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."

Como podem deduzir, passei no vestibular de Medicina.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Família, acima de tudo.

Hoje, faz 50 anos que meus avós maternos se casaram. Bodas de Ouro. Entre as comemorações, conversei com a irmã de minha avó. Seu casamento durou 62 anos, até a morte do marido. E assim, acontece com tantas outras pessoas atualmente, tantos casais de idosos comemorando meio século ou mais de união. Mas isso, infelizmente tende a somente diminuir. O casamento é, cada vez mais uma instituição falida. E o pior de tudo, é que junto com ele, a família também está falindo.
E o matrimônio não faliu em cada casa, faliu na sociedade, faliu no modelo de vida divulgado pela mídia. Antigamente, as pessoas enfrentavam agruras e temores no casamento e se mantinham unidas, em prol de um bem comum, ou até não, era apenas uma exibição de "fachada" para a sociedade. Hoje, ao primeiro problema, pede-se o divórcio. Há uma banalização da união. Antes, valia o "até que a morte os separe". Hoje, é mais fácil um "Ah, se não der certo eu separo e parto pra outra". Nem a fachada para a sociedade há mais.
E junto com isso, cai a família. Houve um tempo em que se ouvia: "Eu só não separo por causa das crianças.", hoje nem crianças salvam um casamento. E assim, os filhos crescem, e perdem a noção de família. Bom, o que é a família?
Deveria ser um pai, uma mãe e crianças, mas isso já não existe mais. Há tantos tipos de famíia hoje, mas mesmo assim, várias vezes se constitui uma família. Família é um lar, (ou até dois) em que você sempre encontra aquilo que precisa para o conforto espiritual.
Mesmo que o casamento seja uma instituição falida, não podemos deixar que a família vá pelo mesmo caminho. Lutemos pela valorização do lar, do amor, entre qualquer tipo de laço familiar. A família será sempre um porto seguro para todas as pessoas. E como tal, deve ser uma instituição inoxidável.
Parabéns Dona Maria Luiza e Sr. Francisco.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Desacertos reflexivos...

Duas notícias da Folha Online:

1) Ivete Sangalo ganhou milhões para fazer campanha

Ivete Sangalo, que ganhou em torno de R$ 8 milhões para ser garota-propaganda da Nova Schin, prestigiará hoje, no Rio, o desfile das escolas de samba campeãs no camarote da cerveja. A cantora levará o irmão.

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Enquanto isso, eu, se quiser assistir o desfile das escolas de samba em Juiz de Fora, ainda tenho que pagar R$1,00.

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2) Tenso

O clima pesou no esporte da Globo com a baixa audiência do jogo do Corinthians. O que pegou mal foi ter perdido para a novela da Record.

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Assisti o jogo. A novela da Record deve ter sido melhor mesmo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Caráter não se constrói.

Meu celular foi roubado ontem. Entre o desespero e a decepção de perdê-lo e junto com ele toda minha agenda telefônica, caí em um questionamento: até que ponto o comportamento das pessoas é determinado por uma índole e a partir de quando é reflexo da sociedade?
Bom, ao que me parece, meu celular caiu no chão e quem encontrou resolveu pegá-lo. Há alguns anos atrás, perdi minha carteira da mesma forma e a pessoa que a encontrou, ligou para devolvê-la. Pessoas diferentes, claro. Mas o que determina que uma tenha devolvido e a outra não? Bem, minha carteira na época continha R$30,00, integralmente devolvidos. Meu celular estava avaliado em R$600,00, mas creio que não tenha sido o valor, o suficiente para a pessoa não devolvê-lo.
Os anos se passaram e os tempos são outros? Sim, o mundo e a sociedade se transformam cada vez mais rápido, mas isso não foi o suficiente para modificar as pessoas de tal forma. A verdade é que as pessoas tem sim, índoles diferentes. Uma pessoa que achou R$30,00 numa carteira, devolveria da mesma forma se achasse uma mala com milhares de dólares. A pessoa que achou meu celular não devolveria minha carteira se ela tivesse R$5,00. (Ou até devolveria a carteira, sem o dinheiro). Não adianta reclamar da segurança pública no país, isso não é só aqui. Pessoas honestas e desonestas nascem assim e em qualquer lugar do mundo. Talvez eu esteja até errado em me preocupar com a pessoa que roubou meu celular, enquanto governantes de diversos países, não somente o Brasil, mas até mesmo os mais desenvolvidos roubam dinheiro que traria dignidade e coisas essenciais para certas pessoas. Enfim, nos resta torcer para encontrarmos em nossa vida mais pessoas honestas do que desonestas.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Não desistir nunca.

Em 7 de fevereiro de 1909, 99 anos atrás. nascia Hélder Pessoa Câmara, ou simplesmente Dom Hélder Câmara, bispo católico e importantíssima figura na luta pelos direitos humanos nos anos de chumbo durante a ditadura militar. Mas deixando de lado as passagens da vida de Dom Hélder, atentemo-nos para o seguinte pensamento com que ele nos brindou: "Não, não pares! É graça divina começar bem. Graça maior, persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca”.

E quantas vezes nós, por falta de forças ou por preguiça, desistimos de nossos projetos e sonhos? Começamos a trabalhar em uma coisa e por fim, deixamos ela de lado e partimos para outra. Essa outra, nós também desistimos de concluir e passamos adiante.
Digo isso também para aqueles que estão tentando o vestibular. Se passarem, além de esforço e dedicação, foi graça divina que começaram bem. E persistam na caminhada certa, não desistindo nunca. Mas o mesmo pensamento é aplicável também aos que não passarem. Persistam na caminhada de estudo e dedicação, e não desistam nunca.
Quando o governo lançou a campanha "O melhor do Brasil é o brasileiro" com o slogan "Eu sou brasileiro e não desisto nunca", o objetivo foi levantar a auto-estima do brasileiro. Mas será que é verdade que não desistimos nunca? Quantas vezes já ouvimos pessoas dizer: "Não há o que fazer. O país está perdido".

Nos pequenos projetos de nossa vida, como melhorar as condições de nossa casa ou nosso trabalho, nós também muitas vezes desistimos ou somos forçados a desistir por pessoas derrotistas. Me recordo, que quando era presidente de uma agremiação na minha época de escola, muitas pessoas diziam pra mim que eu não conseguiria mudar nada. Não desisti, e mudei bastante coisa.
A frase de Dom Hélder é totalmente aplicável a cada instante de nossas vidas. Por isso, fica aqui um apelo pessoal a todos que lerem o blog: Não desistam nunca de seus sonhos e projetos! O futuro e o sucesso pertencem àqueles que, nas mais cruéis adversidades, lutaram por aquilo que almejaram.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Manual: Como manipular o pensamento de um país.

Primeiro passo: Construa um Império de Comunicações (Ex.: Organizações Globo)
Segundo passo: Compre os direitos de exclusividade de transmissão dos maiores eventos (Ex.: Copa do Mundo, Olimpíadas, CARNAVAL CARIOCA)
Terceiro passo: Transmita a apuração do resultado das escolas de samba cariocas.
Quarto passo: Entreviste um diretor da escola de samba campeã (Ex.: Diretor de Harmonia da Beija-Flor de Nilópolis)
Quinto passo: Quando o diretor começar a dizer "Esse título serviu pra dizer que o título do ano passado não foi daquela forma que foi veiculada em todas as emissoras... ", diga "obrigada", tire o microfone dele e entre com uma propaganda comercial.

E assim, você faz do seu pensamento um pensamento nacional. Afinal, pra que deixar quem acha o contrário ter liberdade de expressão? Bobeira...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Let's kick racism out of society

Em 1993, foi lançada a campanha "Let's kick racism out of football" (Vamos chutar o racismo para fora do futebol), visando acabar com agressões de torcedores e entre jogadores devido à cor da pele. Após 15 anos, a situação não mudou muito dentro dos campos.
Jogadores, sobretudo os negros, dos mais diversos países já sofreram com xingamentos e acusações racistas e até mesmo com torcedores imitando macacos. Um dos grandes alvos é o atacante camaronês Samuel Eto'o do Barcelona. O marfinense Didier Drogba também já foi vítima de manifestações racistas. Mas não é preciso ir muito longe. Em 2005, o zagueiro argentino Desábato foi detido por ofender o então jogador do São Paulo, Grafitte. No início de 2008, o zagueiro Fernando Caballero, do Huracán Buceo do Uruguai, ofendeu o meio-campo Toró, do Flamengo, chamando-o de "macaco" durante uma partida amistosa(?) entre os dois times.

E não é só no futebol. A vítima mais recente de racismo foi o piloto de F1 inglês, Lewis Hamilton. Na última sexta-feira, no circuito de Montmelò, em Barcelona na Espanha, torcedores fantasiados de macacos e vestindo camisas com os dizeres "Hamilton Family", imitaram macacos para ofender o inglês (foto ao lado). O caso revoltou ao Ministro dos Esportes da Grã-Bretanha, e deveria ter revoltado a todos.

Até quando teremos que conviver com manifestações racistas no esporte? O racismo tem que ser erradicado de nossa sociedade. É simplesmente inaceitável que ainda haja nesse mundo pessoas que se considerem superiores a outras tomando por base a cor da pele. O exemplo dos torcedores espanhóis é ridículo e uma mancha no esporte. Não é necessário somente chutar o racismo para fora do futebol, mas para fora do esporte e da sociedade em geral. Os espetáculos esportivos não podem nunca ser estragados por manifestações como essas.
Ainda tenho esperança que um dia acabarão as manifestações racistas no esporte. Afinal de contas, aos poucos o esporte e a sociedade vão evoluindo. Antigamente, era proibido aos negros participar de times de futebol e outras equipes. Depois, os negros conquistaram seu espaço aos poucos, sem dever nada aos brancos. Uma das conquistas mais importantes para a humanidade no século XX foi o fim do apartheid. Competência e pigmentação da pele são assuntos totalmente desconexos. Os negros tem muito mais a conquistar, pelos próprios méritos, já que a Secretaria da Igualdade Racial criada pelo presidente Lula, ao invés de lutar pela iguldade, só gasta dinheiro com o cartão cooperativo. É nosso dever, let's kick racism out of society.

SITE DA CAMPANHA "LET'S KICK RACISM OUT OF FOOTBALL"

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Desacertos reflexivos...

Do globo.com:

O outro lado da Copa Africana das Nações.

Apesar de reunir várias estrelas do futebol europeu como Drogba, Eto´o, Essien e Kanouté, a Copa Africana das Nações também evidencia a realidade pobre que impera no continente. Embora as cidades de Accra, Sekondi, Kumasi e Tamale disponham de suntuosos estádios, grande parte da população de Gana carece de necessidades básicas, como moradia e alimentação

Não raro vê-se ganeses jogados ao relento e sem ter o que comer, como conta o tetracampeão Parreira, técnico da seleção da África do Sul.
- Os estádios são maravilhosos. Não devem em nada se comparado aos europeus. Mas a gente presencia muita pobreza nas ruas. É um contraste que preocupa. Como pode tanta desigualdade? - diz o treinador brasileiro ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone, de Tamale, em Gana.

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Pelo menos lá eles têm suntuosos estádios, enquanto aqui...

Quanto ao resto da reportagem, "essa história eu volto a repetir, aconteceu numa cidade muito longe, muito longe daqui..."

Nem sempre o melhor é o mais bonito.

Copa de 1974, Alemanha. O mundo assistiu a um time que passou à história como o Carrossel Holandês, talvez o melhor time que já existiu. Por ironia do destino, esse time perdeu para um time liderado por um certo líbero, chamado Franz Beckenbauer. Em 1990, na Itália, a mesma Alemanha venceu, liderada por um novo líbero, sucessor de Beckenbauer: Lothar Matthäus. Em 2006, foi a vez da Itália ser campeã, liderada pelo zagueiro Fabio Cannavaro.

Enquanto isso, em 1982, o Brasil de Zico, Falcão e Sócrates perdeu a Copa. Em 2002, a França de Zidane, Henry e Trezeguet não passou da primeira fase. Em 2006, o “quadrado mágico”, Ronaldo, Ronaldinho, Adriano e Kaká decepcionou a todo o mundo. Nem sempre o futebol bonito é aquele que vence.

Por essas e por outras que nós imploramos: Dunga, leve o Juan para as Olimpíadas de Pequim.

A princípio, parece ser essa a decisão do treinador brasileiro. No entanto, uma enquete realizada pela TV Globo ontem apontou que os preferidos da torcida brasileira são Kaká, Robinho e Ronaldinho. Todos sabemos que os três jogadores têm qualidade de sobra, mas um time de futebol não se faz só de ataque, como pensam a maioria dos brasileiros.

É necessário, para qualquer time, haver um zagueirão, xerife, daquele que põe ordem na casa e abafa o perigo sempre que preciso. O jovem Breno tem potencial para se tornar esse zagueiro, mas ainda não o é. No atual momento, o melhor jogador para essa posição é sim, Juan, da Roma. Ele é o melhor beque brasileiro em atividade, quiçá o melhor do mundo. Tem tranqüilidade, sabe sair jogando e desarma como poucos. Além disso, Juan têm impressionado na Itália com suas arrancadas que proporcionam bons ataques à Roma.

Ainda mais em uma seleção de jogadores jovens (nas Olimpíadas, os times só podem ter 3 jogadores com mais de 23 anos) é necessário alguém para dar tranqüilidade ao próprio treinador. Atacar sabendo que você tem um Juan para dar suporte à defesa em caso de contra-ataques é muito mais fácil. É garantia de não ser pego por surpresas.

Dunga, convoque o Juan. O coração da torcida agradece.

VÍDEO DE JUAN EM AÇÃO NA ROMA.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Grandes enredos, temas campeões.

É carnaval. Então só nos resta falar desse tema. E não é possível falar de carnaval sem citar o desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Apesar do carnaval ser uma festa de felicidade e descontração, cada vez mais os enredos têm retratado coisas sérias, que muitas vezes passam despercebidos. (Melhor assim, senão podem ser censurados.) Muitas críticas, tão comuns ao nosso cotidiano e que nos passam despercebidas. Vamos refrescar a memória:

Um tema muito recorrente é o da pobreza. O exemplo mais marcante, o da Beija-Flor de Nilópolis, em 1989 com "Ratos e Urubus, larguem minha fantasia" tinha o objetivo de denunciar a indiferença dos ricos contra a pobreza. Em 2000, a Estação Primeira de Mangueira entra na avenida com o enredo "Dom Obá II, Rei dos Esfarrapados, Príncipe do Povo" trazendo versos fortes no samba: "No rio de lá / luxo e riqueza / no rio de cá / lixo e pobreza". Em 2003, a Beija-Flor conquista o título com um lindo samba, apresentando o enredo "O povo conta a sua história: 'saco vazio não pára em pé'. A mão que faz a guerra faz a paz." que trazia até um carro com uma imagem do presidente Lula como esperança de mudança (foto ao lado). Bom, restou a esperança.



No mesmo ano, a Mocidade Independente de Padre Miguel entrou no Sambódromo apresentando o enredo "Para sempre no seu coração - Carnaval da doação", falando sobre doação de órgãos. Um carro com um coração gigantesco (foto ao lado) foi o abre-alas. Não ganhou, mas a mensagem foi campeã. No ano seguinte, a verde-e-branco seguiu a linha dos enredos politicamente corretos e apresentou "Não Corra, Não Mate , Não Morra - Pegue Carona com a Mocidade! Educação no Trânsito". Mais um show de mensagem na avenida. Bateria nota 10, enredo nota 1000.


Em 2002, a Mangueira levantou o título com o enredo "Brazil com 'z' é pra cabra da peste. Brasil com 's' é a nação do Nordeste". O enredo falava do Nordeste brasileiro, mas trazia uma mensagem muito clara ao afirmar do "Brazil com z". Crítica, velada até certo ponto, ao processo de perda de identidade do povo brasileiro. Aos brasileiros que idolatram mais tudo que vêm de outros países do que aquilo que provém do território nacional. Obviamente, não somos ufanistas e sabemos que aqui não é o melhor lugar do mundo, mas também não é necessário idolatrar àqueles que só querem nos ver por baixo e se acham donos do mundo. Quanto a esses brasileiros, o enredo da Mangueira diz mais que tudo: cabras da peste.

Sim, o carnaval é uma festa profana e cultua a alegria. Mas, já que é visto por milhões de pessoas, deve sim passar uma mensagem que atente para os grandes problemas nacionais. E ultimamente, quando lhes é permitido, os carnavalescos têm feito isso. Claro que existiram outros grandes enredos, que muitas vezes não levantaram o título do carnaval, mas foram campeões na hora de passar sua mensagem. Lembramos apenas alguns. Pergunte aos componentes da Mocidade se ficaram tristes em poder falar de doação e educação no trânsito. Triste fica aquele que é obrigado a cobrir partes de seu carro alegórico com pano preto.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Desacertos reflexivos...

Da Folha Online:

Mega-Sena acumula e pode pagar R$15 milhões no próximo sorteio.

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 940 sorteadas neste sábado pela Caixa Econômica Federal. O prêmio a ser pago no próximo sorteio pode chegar a R$ 15 milhões.

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Hoje, por volta das 11 da manhã previ que o jogo do Flamengo seria 4x0. Por que não prevejo as coisas certas?

"Mesmo proibido, olhai por nós."


A foto ao lado é do desfile da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis em 1989. Talvez o maior episódio de censura já registrado no carnaval até hoje. Aos que não sabem, a Beija-Flor trazia naquele ano o enredo "Ratos e urubus, larguem a minha fantasia", apresentando um desfile com carros cheios de lixo e planejando trazer em um deles uma imagem do Cristo Redentor vestido de mendigo sobre um monte de entulho. A Igreja, através da Justiça, proibiu a exibição da imagem. O Cristo entrou coberto por um pano preto e com os dizeres: "Mesmo proibido, olhai por nós". Em 2000, em mais um problema como esse, a escola de samba Unidos da Tijuca exibiria um painel com a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes. Foi proibida. Em 2004, foi a vez da Grande Rio ser censurada, ao tentar levar para a avenida um carro com esculturas do Kama Sutra. Agora, no carnaval de 2008 foi a vez da Viradouro ser a vítima, ao tentar levar para a avenida um carro simbolizando o Holocausto. (foto ao lado)
Uma liminar, concedida pela Justiça Estadual do Rio de Janeiro, impede o desfile da alegoria e de qualquer componente da escola com fantasias que caracterizem o ditador alemão Adolf Hitler. A Viradouro, mesmo não escondendo a tristeza com a decisão, se comprometeu a modificar o carro.
Acertadas ou não, essas decisões caracterizam a falta de liberdade de expressão. Em um país, onde no artigo 5º, inciso IV da Constituição está escrito: "É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato", a Escola deveria ser livre para se expressar, já que de forma alguma há anonimato nessa questão. Mas caímos numa questão de bom senso. Exibir esculturas com posições sexuais não é realmente correto, em um evento em que a participação de todas as idades é permitida. Mas dessa vez, a proibição foi longe demais. O carro da Viradouro, como defendido pela escola, não ofende de forma alguma a comunidade judaica no mundo. Tem por objetivo simbolizar a crueldade cometida por Hitler nos campos de concentração nazistas. Crueldade essa, que não deve ser esquecida NUNCA, para que nunca mais se repita. Mais uma vez, o carnaval carioca foi cerceado no seu direito de expressão. E com isso, nós também somos. Em filmes, é permitido exibir imagens de santos e sobre o Holocausto. Por que o megasucesso A Lista de Schindler não foi censurado também? Censurar o carnaval, maior manifestação cultural do país é censurar o povo brasileiro. Que Cristo, Javé e Nossa Senhora dos Navegantes, mesmo proibidos, olhem por nós.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Pelo fim dos computadores!

Leia a seguinte notícia do site globo.com:

O aumento de pelo menos 60% no valor das multas e a criminalização de delitos de trânsito, como dirigir alcoolizado ou reincidir no excesso de velocidade, estão entre as propostas do pacote de medidas a ser anunciado hoje pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para reduzir a violência no trânsito. Algumas medidas entram em vigor já, para serem aplicadas no carnaval, período em que mais morrem pessoas nas estradas - como a medida provisória que proíbe a venda de álcool ao longo
das rodovias federais, válida a partir de amanhã. Outras serão enviadas ao Congresso como projeto de lei. (...) Os motociclistas, responsáveis pelo crescimento da violência no trânsito das grandes cidades, também estão entre os alvos do pacote. Entre as medidas em estudo estão a proibição de dirigir na faixa entre os carros e de conduzir caronas. O trânsito mata mais de 40 mil pessoas por ano - em 2007, ocorreram 6.840 mortes só nas rodovias federais, 10% a mais que em 2006. Essas ocorrências deixam mais de 200 mil feridos, muitos com seqüelas permanentes. O custo dos acidentes para o País supera R$ 5 bilhões, de acordo com o governo.

Até que enfim nesse país alguma coisa pra diminuir o número de mortes nas estradas desse país. Uma bela iniciativa do governo, ao tomar uma decisão sobre um problema que já precisava ser atenuado a muito tempo. (Atenuado, pois resolvido não será nunca). Sinto-me no dever de elogiar o ministro Tarso Genro e sua equipe. Mas também sinto-me no dever de perguntar: Quem vai fiscalizar isso?
Quem está acostumado a viajar de carro, está acostumado a passar por postos de fiscalização nas rodovias. E assim, ver sempre um policial lá dentro, sentado na frente de um computador fazendo sabe-se lá o quê. Digitando ocorrências? Eu duvido. Isso quando vemos o policial. Mas, claro, todos somos humanos e temos direito de ir ao banheiro. É o que acontece com eles, sem dúvida.
E nas cidades então? Ninguém vê agentes de trânsito nas ruas, exceto quando um semáforo não está funcionando ou há mudanças temporárias no tráfego. Quando é necessário fiscalização, onde estão eles? Na frente dele, o computador.
A solução para os problemas está clara, bem na sua frente: vamos acabar com o computador, assim nossos policiais rodoviários terão mais tempo para fiscalizar o trânsito e prevenir os acidentes. Enquanto o computador continuar existindo, veremos imagens como essa.